Após uma acalorada discussão do Secretário de Serviços Urbanos, Marcirio da Silva, e o comentarista Calico da Rosa da Radio RCC, sobre a colocação de uma Estátua de Yemanjá no Lago do Batuva, resolvi consultar uma sacerdotisa da religião afro para saber da versão religiosa sobre o tema. E de pronto ela me diz que a Estátua de Yemanjá colocada no Lago Batuva, do ponto de vista exclusivamente teológico, tem apenas função turistica. Senão vejamos: a divindade Yemanjá é a Dona dos Mares, do Pensamento, Protetora dos Pescadores e Marinheiros. Na Umbanda é considerada a Divindade do Mar, alem de ser Mãe de todas as cabeças humanas. Assim como Oxum rege as águas doces, os rios, cachoeiras e corregos, Yansã rege os ventos. Xangô, a força do Trovão, Oxóssi, as matas. E assim por diante. Portanto, considerando a Geografia do local, seria Oxum e não Yemanjá quem deveria receber uma estátua junto ao lago. Por outro lado, surpreendeu-se ela com a DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA demonstrada pelo comentarista da Radio RCC, Calico da Rosa. Pois se o poder público apoia eventos religiosos evangélicos, católicos, luteranos e outros, porque não poderia apoiar um evento religioso umbandista? Convem lembrar que tratou-se apenas de um evento, não significando em nenhum momento uma Declaração de preferência religiosa do poder público, muito menos uma indicação religiosa a ser seguida. Fica aqui o protesto da prezada sacerdotisa, que surprendeu-se por uma atitude dessas, no Brasil, um país conhecido exatamente pelas suas multiplas manifestações religiosas LIVRES.
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