domingo, 27 de março de 2011

CIDADANIA

PARTE II

Começamos avaliando nosso regramento político, que é uma parafernália equivalente a filmes enlatados norte-americanos elaborados para sul americanos e africanos. A estrutura é totalmente podre, os políticos vivem de joguinhos de interesses, de-me tal coisa e eu ou nós aprovamos, sem isso nada feito. Onde se viu numa democracia de verdade a obrigatoriedade de votar? Só ai já assistimos a toda uma esculhambação política, não existe verdadeira e ampla Democracia, se são obrigados a indicar alguém. Ou negando a proposta política se temos imposições, no caso em tela a obrigação de votar. Mas e a Cidadania? Bem, essa fica só no discurso, escrita na constituição federal e até na propaganda oficial, apenas. Somos verdadeiros cidadãos quando temos que cumprir com nossas obrigações, quando é para o exercício de certos direitos, bem ai a coisa muda. Citando exemplos práticos: imagine-se com a idade de oito a doze anos, dirigindo-se à escola, disputando sua circulação na pista de rolamento dos veículos, porque não tem via de circulação própria à pedestres, em aula recebendo uma instrução de baixa qualidade e ainda por cima, mal alimentado. Que futuro nos aguarda? Pois, é notório e sabido que sem uma Educação de qualidade, vamos todos a uma vala comum, além de manter o país no atraso. É através da educação de qualidade, com professores bem remunerados, é que temos a base do desenvolvimento de uma verdadeira pátria cidadã. Parece-nos que aqueles cidadãos que, a cada quatro anos se candidatam a cargos eletivos, sejam prefeitos, vereadores, deputados, senadores ou presidente da república, mudam de país, de local de vivencia. Uma, no período eleitoral, fazendo discursos em defesa do povo, do povo para o povo, etc ... .Mas, logo após eleitos, revoltam-se contra seus próprios ideais e votam contra o povo. Um exemplo prático: desde as alterações por emendas à Constituição, introduzida no regramento previdenciário da aposentadoria, não cessou mais as reformas, agora mesmo falam em mini reforma. Portanto, são totalmente desvinculados da defesa do povo, como discursavam na época eleitoral. Tornam-se contra a população. Assim, citando alguns interesses da cidadania prejudicados pela inércia política, e até contra o povo, e noutros os conchavos políticos para se darem bem as custas da cidadania. Em França, 1789, a rainha questionada mandou dar brioches ao povo, num claro deboche, dado ao pãozinho possuir ingredientes somente acessíveis aos detentores de riqueza. Mas cidadania não é só pista de rolamento de veículos com pequenos cidadãozinhos disputando o trânsito e pondo em risco suas preciosas existências, nem tão pouco, Educação de má qualidade e professores mal pagos. É também o direito de receber de volta excelentes serviços públicos com o retorno de impostos pagos pelo cidadão, em forma de excelentes serviços, nem tampouco receber resultados políticos contra a sua vontade, remunerando excelentemente à seus dignos representantes, aos quais confiaram seus sonhos, alegrias, mazelas e tristezas. Porem, uma coisa é certa: um dia o povo vai acordar e, sentados na vereda, irá sorrir por ter aprendido escolher bem e exigir o que lhes é de direito, a Cidadania.

Osmar Martins Leal – Servidor público.

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