sábado, 4 de junho de 2011

JN CANABARRO

Durante 12 anos de trabalhos ininterruptos viajei constantemente por todo o Estado do Rio Grande do Sul, chegando por vezes a rodar 10.000 km em um mes. Cheguei ao ponto de ir a Porto Alegre duas vezes em uma única semana, quando os compromissos apertavam. Por isso sei muito bem o que é estar na estrada, a trabalho. Muitas e muitas vezes aconteceu comigo o que aconteceu agora com esses profissionais da Educação de Sant'Ana do Livramento. Caminhões ou mesmo veículos comuns, de passeio, abriram para uma ultrapassagem em lugar indevido e eu tive que saltar para fora da estrada porque contra um caminhão de 20, 30, 40 toneladas não há o que fazer, é sair da frente. Graças a Deus e aos meus anjos da guarda, sempre tive sorte. Depois que parei de viajar, por motivos de força maior que todos conhecem, comecei a escrever e não raras vezes tive alguns embates, ideológicos, com o Canabarro. Por vezes fui agressivo mesmo, resultado da minha formação genética, 3/4 de sangue celta (portugues, basco e alemão) com 1/4 de sangue Charrua, uma mistura diabólica mesmo. Quem sabe o que significam as palavras Basco e Charrua, sabe do que eu estou falando. Mas não será por isso que deixarei de expressar meus votos de pronto restabelecimento ao Canabarro e a todos os que acabaram envolvidos, involuntariamente, nesse bárbaro acidente de trânsito. Faço votos de que o mais breve possivel meu oponente ideológico esteja restabelecido e em forma para continuarmos nossos embates, ideológicamente, lógico. Segundo o Nobel de literatura mexicano, Octávio Paz, "toda cultura nasce do encontro, dos choques. Do contrário, é de isolamento que morrem as civilizações".         

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