COLEIRAS

A maioria absoluta das pessoas que entram em partidos politicos, não faz a menor idéia do que de fato está fazendo. Entram naquele oba-oba do vamos ganhar e só vão se dar conta do que realmente fizeram ou deixaram de fazer, muito tempo depois da Eleição. Ma ai já é tarde. Colocam COLEIRAS em seus pescoços e arrumam donos, ou donas, para si, que jamais gostariam de ter. É como as drogas. Voce experimenta uma vez, dá um pega na "discução" e acaba gostando. Quando vê, não consegue mais sair. Em 2004 fui candidato a Vereador em Livramento. Me divertia muito brincar com os problemas do dia-a-dia politico da campanha, já que nunca me passou pela cabeça viver de politica. Era só uma grande brincadeira. Mas acabei servindo de escadinha para um politico daqui. Eu devia ter me ligado quando ele negociou com o Partido em Porto Alegre um cargo lá, se perdesse a Eleição para Prefeito, aqui. Afinal, se ele precisava de cargo lá era porque não prestava para mais nada, aqui, na Fronteira. Resultado da operação Eleição 2004: hoje ele virou fazendeiro, cheio de bois e até já foi afastado do cargo de Diretor que ocupava, mesmo não tendo aprendido a falar, ainda. Me desfiliei e em 2008 fiquei de fora da campanha, para dar um tempo e aprender mais um pouco. Hoje eu posso dizer que estou mais preparado e sei o que fazer para não colocar uma coleira no meu pescoço, outra vez. E se voltar a apoiar alguem, só vou fazê-lo depois de ficar bem claro quais são os planos do Candidato, se chegar ao Paço Municipal. E se ele falhar comigo, vai arrumar uma piça tão grande para ele que vai se sentir sendo fodido por um cavalo. Isso eu garanto. Naquela época, 2004, gastei um dinheiro que era meu e estava sobrando. Mas conheço estórias ai de pessoas que torraram o que tinham e o que não tinham e ficaram devendo para bancos até 2015, 2016. Para esses, o choque de realidade foi pior.